Desde que o ser humano descobriu que os metais seriam materiais vitais para a sua sobrevivência, os procedimentos para transformar estes metais em algum produto acabado passaram a ser elementos significativos na supremacia de um povo sobre outro. Centenas de anos Antes de Cristo já o ouro, a prata, o cobre, o bronze, o zinco eram transformados em jóias, armas e outros artefatos domésticos. Do século 7 e 6 A.C. tem-se comprovações do forjamento de utensílios de cobre onde se usava a pedra como ferramenta. Com o descobrimento do ferro já começou-se a produzir ferramentas, armas e utensílios em geral. Através dos fenícios e por Tróia foi transferido o conhecimento para as regiões da Grécia e para os romanos.
Um exemplo da evolução das técnicas da forjaria ocorreu na Segunda metade do Século I da nossa época. As armas de bronze devido seu encruamento a frio ainda se sobrepunham em relação as armas com ferro. O ferro era portanto macio quando comparado com o bronze encruado. Com o surgimento do aço e sua temperabilidade o ferro ganhou supremacia em relação ao bronze. Assim motivado, pelas sangrentas guerras entre os provos, surgiu a técnica de fabricação de espadas. Desta forma a exigência de um fio de alta dureza e alta resistência aliado ao corpo dutil e flexível da espada surgiu o “aço de Demasco”.
Fontes:
/1/ G. Spur e Th Stöferle: Handbuch der Fertigungstechnik. Carl Hansen Verlag – Munique
– Viena. 1983.
/2/ Sachse, M.: Damaszenerstahl. 2ª Edição. Verlag Stahl Eisen. 1993.
Colaboração do Prof. Dr. Lírio Shaeffer, Diretor do Centro de Tecnologia da UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
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